Sensacional: Pequena Miss Sunshine

De perto, nenhuma família é normal, mas a família Hoover extrapola. O pai desenvolveu um método de auto-ajuda que é um fracasso, o filho mais velho fez voto de silêncio, o cunhado é um professor suicida e o avô foi expulso de uma casa de repouso por usar heroína. Nada funciona para o clã, até que a filha caçula, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas pré-adolescentes. Durante três dias eles deixam todas as suas diferenças de lado e se unem para atravessar o país numa kombi amarela enferrujada.

“Pequena Miss Sunshine” do roteirista Michael Arndt e dos diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris (o roteirista primeiro porque o roteiro do filme é excelente), é o que a minha mãe chama de filme de “conversação”, ou seja, em que o fio narrativo se dá ao nível das relações humanas, dos diálogos, mais do que nas ações. Um filme sensível, criativo, com um lado cômico e um dramático, assim como a vida.