O lançamento de "300 de Esparta", adaptação dos quadrinhos de Frank Miller para o cinema, causou discussão nos Estados Unidos. Em entrevista à imprensa mundial, o diretor do longa, Zack Snyder, teve de enfrentar perguntas sobre qual dos personagens seria equivalente ao presidente George W. Bush.
"Bush seria Leônidas ou Xerxes?", questinou um dos repórteres presentes à entrevista. O jornalista viu semelhanças do presidente com o personagem Xerxes (vivido por Rodrigo Santoro), imperador persa que liderou seu exército contra cidades gregas em 480 a.C., guardadas por guerreiros fanáticos, a fim de terminar o trabalho que seu pai havia deixado inacabado.
Segundo reportagem do jornal americano "The New York Times", outro repórter argumentou que Bush também poderia ser Leônidas, o rei espartano que defendeu a liberdade a qualquer custo.
O diretor do longa fugiu da polêmica e argumentou que, ao fazer o filme, não pretendia fazer nenhuma das analogias levantadas pelos jornalistas. Mas, de acordo com o jornal, ele percebeu que tinha em suas mãos um filme com potencial de alimentar a polêmica contra o presidente norte-americano -por conta da guerra do Iraque, que desagradou o povo e fez com que seus índices de popularidade despencassem-, ou a favor dele -para aqueles que o enxergam como o "perseguidor" da liberdade.
Agora é esperar o longa chegar por aqui para analisar. "300 de Esparta" estréia nos Estados Unidos nesta sexta-feira (9), mas a previsão de entrar em cartaz nos cinemas brasileiros é apenas em 30 de março.
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