Já faz algumas semanas que estou querendo escrever sobre o “O diabo veste Prada”. Como não tenho tempo de escrever algo complexo vou fazer um resuminho com tudo que eu achei de legal na película.
Primeiro, adorei o filme. O que achei de mais inovador foi a abordagem dada a respeito do mundo da moda. Não caiu no clichê de mostrá-lo como um mundo de futilidades, mostrou-o como algo necessário e digno. Tem um plano q achei ótimo, nem sei se foi proposital. É uma cena em que a personagem está andando pelas ruas, e há um plano que está todo cheio de grãos e falhas no filme (no fotográfico, mesmo). Voltei várias vezes para conferir. Recuso-me a falar de Merryl Streep. A maioria das publicações sobre o filme só falam disso. O legal é isso: não há maniqueísmo, nenhum dos personagens é tão bom ou mal, ou fiel ou infiel... Há uma complexidade delicada rara nos filmes hollywoodianos, ele foge do melodrama. Acredito que o grande tema de “O diabo veste Prada” é a liberdade e as prisões criadas pelos próprios indivíduos. No mais, adoro Miranda Priestly! E tem madonna na trilha cantando “Vogue”.
Se colocar-mos a filme Volver, de Pedro Almodóvar ao lado dos filmes lançados na mesma época certametne ele está entre os melhores. Porém, se colocados diante da filmografia do diretor manchego (mais do que nuca posso dizer isso já que vi todos) o que vemos é um filme menor. Definitivamente , Penélope Cruz não se dá bem como uma das chicas. Ela é muito bonita, muito hollywoodiana.
Não há como negar que é um autêntico Almodóvar, está tudo lá: o kitsch, as cores, as chicas, o melodrama, a metalinguagem, as diversas formas de linguagem..., porém todos contidos, envelhecidos e tristes. Há poucas cenas memoráveis. Duas em especial me marcaram. Uma cena em que a personagem Raimunda está no bar falando com a equipe de filmagens que está servindo e ao ser perguntada até quando ficaria por ali, a personagem responde que ficará enquanto as equipes de filmegens estivessem. Achei tão irônico da parte de Almodóvar... Outra foi a que o virtual fantasma da vó Irene se encontra com a filha Raimunda. Carmem Maura (essa sim perfeita sempre!) sai debaixo da cama olha para a filha e as duas se olham enquanto surgem as lágrimas dos olhos. Acho que poucas vezes no cinema duas atrizes estiveram numa sintonia tão profunda e expressiva. É como se toda a radicalidade do cinema inicial de Almodóvar se encontrasse com toda a tristeza desta fase mais hollywoodiana e ambos não gostassem do que vissem.
Outra coisa que adorei no filme foi Crus Lampreave (Tia Paula). Ela sempre arraasa. Não consigo ver seus personagens sem rir Ela faz sempre um personagem parecido da tia meio-louca da vila. Só muda o local onde ela está. Ela está sempre resmundo e criticando alguém. Mas o filme todo é muito triste. As chicas estão tão velhas, há um clima de morte muito profunda e triste. Chorei.
Andréa Caracortada e o seu "Lo Peor del día" são uma sátira da mídia televisiva que se alimenta de sangue, de tragédia, de aberrações.
Com Andrea - vira a cabeça e volta - Caracortada, Almodóvar em seu "Kika" nos faz rir daquilo de ruim acontece todo dia na vida real e na televisão - Lo Peor... Reparem no figurino...
"Ah, advirto-te que o vídeo pode ferir a tua sensibilidade. Se é que ainda tem alguma..."
Estou em dívida com os leitores deste blog. Vários filmes e livros que vi e não comentei ainda. A explicação é falta de tempo mesmo. Mas de agora em diante decidi comentá-los de qualquer forma, fazendo abordagens menos abrangentes. Só vou comentar aspectos menores e que acho de maior relevancia ou peculiares.
Qual é a sua religião? Cristã? Espírita? Muçulmana? Budista? Ou você simplesmente não tem religião? Seja qual for a sua crença, saiba que há uma vertente que busca unir todas as tendências, e isso inclui os humanistas e até mesmo os materialistas.
É exatamente sobre isso o que falam filmes recentes como “Quem Somos Nós” e “The Secret – O Segredo”, obras que vêm ganhando projeção na mídia e cativando as pessoas, precisamente por refletir em detalhes a nova religiosidade do século XXI.
Levando em conta essa configuração social do mundo de hoje, “The Secret” e “Quem Somos Nós” vêm propor uma nova forma de espiritualidade, que não vai contra nenhuma outra, e que ao mesmo tempo une todas elas. Essa “doutrina” é baseada no pensamento positivo, na força que supostamente todo mundo tem para atrair coisas boas, e para construir o seu próprio destino.
Com o pensamento positivo, segundo esses filmes, podemos alcançar o universo e movimentar forças incríveis, imateriais, que podem nos trazer sucesso, felicidade, prosperidade e saúde.
Dê a esta “força universal” o nome que quiser. Ela é, como Deus, onipresente, onisciente e onipotente, mas há um ponto novo e interessante sobre essa tendência moderna: é você quem manipula essa força. É você, com os seus atos, suas ações e seus pensamentos, que vai tornar o resultado possível.
segunda-feira, abril 30, 2007
Já faz algumas semanas que estou querendo escrever sobre o “O diabo veste Prada”. Como não tenho tempo de escrever algo complexo vou fazer um resuminho com tudo que eu achei de legal na película.
